segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
domingo, 13 de outubro de 2013
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Honestidade no Japão.
De tudo que já vi aqui,isso é o que mais me impressiona e e
é unanimidade entre nós estrangeiros ,JP não é um país perfeito,mas é um
exemplo de honestidade esse tipo de comércio para eles tão banal, e é rotineiro
ver essas barracas em qualquer lugar,já vi em beira de estradas e até dentro de
grandes cidades.Nós precisamos mudar nossos comportamentos nas pequenas coisas,
pois elas permitem que consigamos mudar coisas ainda maiores.
野菜の無人販売所
"Mujin Hanbai" é o nome dado às barracas de vendas
sem atendentes. Geralmente são barracas bem simples, onde são colocados à
venda, diversos tipos de mercadorias, na maioria das vezes verduras, legumes e
frutas frescas. O diferencial está na hora de fazer a compra, o comprador
escolhe a mercadoria, embala nas sacolinhas e deposita o dinheiro
correspondente à compra dentro de uma caixinha sempre bem a vista e vai embora.
O comprador faz tudo isso sozinho sem que haja ninguém para conferir se o valor
depositado é correspondente ao que pegou.{não tem câmeras pq são a maioria
provenientes de agricultores locais, ou idosos] muito ocupados com suas hortas.
As mercadorias na maioria das vezes não são aceitas em grandes supermercados
por estarem fora do padrão de estética solicitado, porém em alguns casos, os
legumes são produzidos apenas para consumo da família, e o excedente acaba
sendo colocado à venda através do sistema "mujin hanbai".
As mercadorias são colocadas à venda logo pela manhã, e no final da tarde os agricultores voltam para recolher o dinheiro. Este sistema não oferece qualquer garantia de que os agricultores não serão roubados, eles apenas contam com a honestidade dos seus clientes. Virtudes como confiança e honestidade são muito valorizados na cultura japonesa.
domingo, 26 de agosto de 2012
Ideogramas e a Educação na China
Postei uma notícia aqui no blog, tradução de uma matéria do jornal Herald Tribune americano, logo abaixo, mostrando uma certa preocupação na inadequabilidade dos ideogramas chineses para um "mundo globalizado". Eu não poderia deixar de comentar um texto tão polêmico.

Desmontando a figura percebemos que "guó" simboliza:
- um grande território (o quadrado em volta)
- com uma capital central (o quadrado menor com um traço embaixo)
- mantido por força militar (o desenho à direita, "wu", militar ou marcial)
Portanto, se você utilizar apenas o pinyin "guó" ou a tradução "país", você não tem quase nada do enorme simbolismo do caracter. Uma obra como o I Ching, o "Livro das Mutações", não passa de um livro de bolso no original em chinês. No Ocidente, são volumes com mais de 300 páginas, para conseguirem explicar mais ou menos os ideogramas. O mesmo acontece com o tão badalado "A Arte da Guerra" e o "Tao Te Ching", que também não passam de um pequenos livros de bolso
O chinês é realmente difícil de aprender, mas Shanghai, província da China, levou o primeiro lugar no teste internacional de qualidade educacional (PISA) em 2009, que é realizado a cada três anos com jovens de 15 anos de idade. E mais: a China levou o primeiro lugar em todas as áreas analisadas: matemática, ciências e leitura.
O Brasil, com poucas letras e aprendizado muito mais fácil, só faz passar vergonha. Quando o teste começou, em 2000, entre 32 países ficamos em último lugar. Nesta última edição, que tinha 65 países, ficamos entre a 53ª e 57ª posição.
Logo, não são os ideogramas que atrapalham a educação. Isso desmonta a ideia mostrada pelo pobre blogueiro citado no artigo que acredita que os ideogramas prendem a China ao passado e a tornam "anti-científica" (como se a ciência fosse a única verdade do universo...). Ora, os alunos chineses se saem melhor que europeus e americanos no quesito ciência, também. Logo essa opinião não é válida. A China passou por intensa ocidentalização no Período Republicano (1911-1949) e isso quase levou à falência da cultura chinesa.
O artigo também afirma que os jovens estão "experimentando" com letras ocidentais e usando abreviaturas em comunicações online. Isso também acontece aqui no Brasil e não significa que usar "tc" para "falar"("teclar", no caso) ou "vc" para "você", seja uma revolução linguística. Aliás, isso pode ser prejudicial ao aprendizado da escrita em nossa língua.
Levemos também em consideração que a China é formada por 54 etnias, cada uma delas com sua própria língua. O que sempre manteve o país unido foi justamente a escrita ideográfica, pois ao não ser fonética ela permite que todos os idiomas se expressem da mesma forma por escrito.
Portanto, o uso de ideogramas é complicado, mas possui uma riqueza de significado e uma importância cultural absolutamente inigualável.
Gilberto Antônio Silva
Ideogramas chineses não são apropriados para mundo globalizado, criticam especialistas
Quando cerca de 200 milhões de crianças chinesas entrarem na
escola em 1º de setembro, uma tarefa grande – talvez a maior de todas – que
enfrentarão será aprender 400
a 500 novos ideogramas chineses durante o próximo ano. O
ano seguinte trará a mesma quantidade. É um desafio que todas as crianças se
esforçam para superar, em vários níveis.
Talvez tolamente, esta semana tentei analisar meu filho, que
não está muito ansioso para voltar à sua escola estadual de ensino fundamental
em Pequim e para aqueles novos ideogramas. Os ideogramas chineses não têm
pistas visuais para a pronúncia, o que significa que eles devem ser aprendidos
individualmente, através da cópia repetitiva para construir a memória motora.
Como Zhang Guangzhao, ex-professor de filosofia em Pequim e comentarista do
site da Academia Chinesa de Ciências Sociais, escreveu num ensaio: “assim como
as pessoas podem ouvir um som e não enxergá-lo, ver uma foto sem ouvi-la,
nossos olhos e ouvidos não se encontram em chinês.”
“Pode ser divertido voltar às aulas”, disse para meu filho,
com esperança. “Ver todos os seus amigos e tudo mais?”
“Mãe, aprender chinês nunca é divertido”, ele respondeu,
desapaixonadamente.
Algumas pessoas, particularmente adultos, podem discordar
disso, defendendo o prazer estético dos ideogramas e da rica cultura para a
qual eles abrem as portas. E, apenas para esclarecer, eu concordaria em parte com
a visão de que aprender a escrever chinês é prazeroso, tendo passado mais de
duas décadas fazendo isso. Entretanto, também é difícil o processo circular de
aprender, esquecer e reaprender. Como disse Zhang numa entrevista por telefone:
“agora, posso escrever cerca de 3 mil caracteres.”
“O governo identifica 2.500 ideogramas de 'uso comum'”, diz
ele, acrescentando que um acadêmico precisaria reconhecer mais, talvez em torno
de 5 mil. “As pessoas podem escrever menos caracteres do que reconhecem,
entretanto.”
Então a reação de meu filho chegou ao topo de uma questão
séria: será que escrever em chinês é apropriado para um mundo globalizado e
digitalizado? Wu Wenchao, que trabalhou como intérprete na ONU por 25
anos, acha que não é exatamente apropriado. Os ideogramas são “ineficientes e
arcaicos”, escreveu ele num e-mail. “A língua chinesa é difícil de aprender em comparação com as
letras alfabéticas”, escreveu Wu.
“Os estudantes chineses trabalham duro e teriam que passar
mais dois anos aprendendo para atingir o mesmo nível de um intelectual
ocidental”, disse ele. E acrescentou: “a dificuldade de aprender é análoga a um
longo tempo de inicialização na terminologia de computação, o que significa um
atraso do sistema para se tornar operacional.”
As pessoas na China continental já usam o pinyin, um sistema
romanizado introduzido pelo governo em 1950, para digitar em computadores e
telefones celulares. Este é mais fácil, mas está reduzindo a capacidade de
escrever os ideogramas, dizem especialistas.
Então será que não existe nenhuma tentativa de tornar o
chinês escrito mais fácil, aumentando sua alfabetização, talvez adotando um
sistema digráfico que inclui tanto ideogramas quanto um alfabeto baseado na
fonética? Este território também é controverso. Pedidos para aumentar a
alfabetização do chinês, além do limite do uso do pinyin, logo encontraram
oposição na China por parte de pessoas comuns, funcionários e muitos
acadêmicos.
Na Feira de Livros de Frankfurt em 2009, onde a China foi
convidada de honra, eu testemunhei um momento revelador quando Wang Meng,
ex-ministro chinês da cultura, declarou que a China deveria manter seus
ideogramas “ou sua cultura seria extinta!”. Muitos jovens chineses na plateia
se levantaram e aplaudiram com fervor.
Num argumento contra-intuitivo, Zhang acredita que o chinês
não é de fato difícil para aprender, só é mal ensinado. Por milhares de anos,
disse ele, acadêmicos e funcionários deliberadamente mistificaram o aprendizado
para proteger seus privilégios. A classe governante “não quer popularizar a cultura e
transformá-la num tipo de recurso público compartilhado pelo povo”, escreveu em
outro ensaio. “Eles consciente ou inconscientemente criaram um bloqueio para
dificultar a aprendizagem.” Esse legado permanece até hoje, acredita.
William C. Hannas, linguista e autor que fala ou escreve 10
línguas incluindo chinês, diz queo debate sobre passar para um sistema de
escrita alfabetizado, que floresceu nos anos 50, está acabado. “Não há debate na China – ou em nenhum lugar hoje em dia –
sobre a reforma da escrita”, escreveu num e-mail. “Nós nos ressentimos quando
nos pedem para abandonarmos uma tradição, ou quando ouvimos de um estrangeiro,
especialmente, que uma parte de nossa identidade é falha.” Entretanto, algo parecido como isso está acontecendo não
oficialmente, diz ele.
Especialmente online, os chineses estão experimentando com o
alfabeto romano: o governo, “zhengfu” em pinyin, costuma ser abreviado para
“ZF”. Uma competição internacional é um “PK” (a partir da terminologia de
videogames). Alterar digitalmente as imagens com um programa como o Photoshop é
“PS”. Fazer amor é “ML”.
“Digrafia – a coexistência da escrita em ideogramas e a
alfabética – está acontecendo na China não por causa de uma política de cima
para baixo, mas inconscientemente, de baixo para cima”, escreve Hannas. Num e-mail, Jiang Beining, um blogueiro que acredita que os
ideogramas estão prendendo a China ao passado, tornando-a “não científica”,
escreveu: “os caracteres são uma muralha invisível entre a China e o mundo.”
Para 200 milhões de crianças em idade escolar, inclusive meu
filho, um ano de dura memorização está começando. É apenas um passo no caminho
para se alfabetizar em chinês, mas também para conquistar uma bela língua.
Tradutor: Eloise De Vylder
Reportagem de Didi Kirsten Tatlow
domingo, 19 de agosto de 2012
O Espectro Diverso - 600 Anos de Cerâmica Coreana
Organizada pela curadoria do Museu Nacional da Coreia
especialmente para o MASP, a mostra traz exemplares raros da arte cerâmica.
Obras-primas datadas de séculos estarão ao lado de outras mais contemporâneas,
com diversas técnicas. A exposição integra as comemorações dos 50 anos da
imigração coreana ao Brasil. Ingressos a R$ 15 (inteira) e R$ 7 (meia). Às terças,
acesso gratuito.
Masp
Avenida Paulista, 1.578 - Bela Vista - Centro
(011) 3251-5644
- Acesso para deficiente
(011) 3251-5644
- Acesso para deficiente
De 17/08/2012 até 25/11/2012
Terça: 11h, 18h
Quarta: 11h, 18h
Sexta: 11h, 18h
Sábado: 11h, 18h
Domingo: 11h, 18h
Quinta: 11h, 20h
Terça: 11h, 18h
Quarta: 11h, 18h
Sexta: 11h, 18h
Sábado: 11h, 18h
Domingo: 11h, 18h
Quinta: 11h, 20h
* Horários podem variar em função de feriados, férias ou
recesso. Recomendamos ligar para verificar antes. As informações e checagem dos
roteiros, à exceção de cinema, são de responsabilidade do Datafolha.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
"Caso Yoki": Jornalismo de 5ª Categoria e Mais uma Discriminação da Folha contra Orientais

O caso foi chamado pela imprensa tupiniquim de "Caso Yoki", quando na verdade "Yoki" era a empresa da qual Marcos era herdeiro, ou seja, nada tinha a ver com o caso em questão. Poder-se-ia chamar este de "Caso Kitano" por ser um dos nomes da vítima, ou melhor ainda "Caso Matsunaga", seu sobrenome. Na última situação os jornalistas semi-analfabetos teriam dificuldade em escrever ou pronunciar o nome, então optaram pelo termo mais curto e simples que acharam, mesmo sem relação com o caso. Mostra cabal do baixo nível do jornalismo brasileiro.
Isso também demonstra que em termos de cultura oriental eles são um zero a esquerda, pois "Yoki", "Kitano", "Matsunaga", "Samsung", "Samurai" ou "Sushi" é tudo a mesma coisa para os doutos jornalistas. E ainda querem exigir diploma de nível superior, veja só. Eis um bom exemplo do nível do jornalismo diplomado.
Essa confusão chegou ao povão, que muitas vezes está se referindo à vítima como "Yoki", achando que esse era seu nome. Um jornalismo que confunde ao invés de informar seria exceção e motivo de vergonha em qualquer lugar civilizado. Aqui, é o normal do dia a dia.
Será que se a vítima trabalhasse na Nestlé esse seria o "Caso Nestlé"? Com certeza não. O jornalista Pimenta Neves, então no jornal O Estado de São Paulo, assassinou brutalmente sua namorada e o caso não ficou conhecido como "Caso Estadão". Parece que o problema é mesmo com a cultura oriental.
Há alguns meses postei um texto aqui falando sobre a discriminação contra orientais que corria solto nos comentários da Folha Online, com o beneplácito da publicação. Com o surgimento deste caso envolvendo um descendente de japoneses, vemos novamente que a Folha não tem qualquer tipo de pudor ao lidar com discriminação contra orientais. Vemos nos comentários coisas como "japa tarado" para se referir à vítima, em um espaço no qual a palavra "negro" é censurada. Não se poderia, em hipótese alguma, usar o termo "negão tarado", mas "japa" é aceito normalmente. Sobre esse espaço pseudodemocrático de comentários mantido pela Folha Online, cabe acrescentar que meu perfil foi bloqueado sem que eu tenha infringido qualquer tipo de regra de utilização. Não posso mais comentar qualquer notícia da publicação. O bloqueio de perfis sequer é mencionado nos Termos e condições de uso - Comentários, que tem como única prerrogativa tirar do ar posts que violem esses termos. Não fui informado do motivo do bloqueio, ele não consta de meu perfil e não respondem aos vários e-mails que enviei. Portanto, além de arbitrária, é uma atitude covarde. Quem diria que esse jornaleco um dia lutou pela democracia e teve sua sede invadida pelas tropas da ditadura...
E vejam que uma das coisas que o comentarista NÃO pode fazer é:
publicar, postar, carregar, distribuir ou divulgar quaisquer tópicos, nomes, materiais ou informações que incentivem a discriminação, ódio ou violência com relação a uma pessoa ou a um grupo devido à sua raça, religião ou nacionalidade.
Essa parte deveria ter uma ressalva: "Exceto ao tratar-se de orientais".
Para finalizar, observem como anda a moralidade do povo brasileiro. Existe um monte de gente na internet insultando a vítima porque ele era "promíscuo" e usava garotas de programa. Muitos acham que foi bem feito o que aconteceu com ele e que ele "humilhava" a mulher por ter sido prostituta (vamos parar com eufemismos como "garota de programa" ou "acompanhante"). Vejamos: ele foi morto friamente e sem possibilidade de defesa; a mulher arrastou o corpo para o banheiro e esperou 10 horas para que o sangue coagulasse, a fim de não sujar o lugar; passou 4 horas esquartejando o marido; levou os pedaços para serem desovados em lugares ermos; depois de tudo isso foi a uma loja Louis Vuitton comprar uma bolsa nova.
E ainda existe quem defenda essa mulher. Será que ainda temos jeito?
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